sexta-feira, 17 de junho de 2011

Uma lâmpada em uma central de bombeiros na Califórnia está acesa há 110 anos e ninguém sabe como ou por que ela ainda não parou de funcionar.

A lâmpada foi acesa em 1901 na cidade de Livermore, norte da Califórnia e foi apagada apenas por alguns cortes de energia e a mudança de prédio dos bombeiros em 1976.

A lâmpada famosa e misteriosa tem até um comitê formado em seu centenário. O presidente é o chefe de divisão dos bombeiros aposentado, Lynn Owens.

"Ninguém sabe como é possível uma lâmpada funcionar por tanto tempo", disse Owens.

Ele acrescenta que a corrente baixa que alimenta a lâmpada de 60 watts pode ter prolongado sua vida, mas ninguém descobriu porque ela continua brilhando. E Owens afirma que cientistas de todos os Estados Unidos já foram ver a lâmpada.

A lâmpada entrou para o livro Guinness World Record e já virou atração turística de Livermore.
Lâmpada de 110 anos tem um comitê de centenário

Lâmpada de 110 anos tem um comitê de centenário

"A lâmpada foi criada por um inventor chamado Adolphe Chaillet, que foi convidado pelo governo do Estado de Ohio para fundar uma fábrica de lâmpadas no século dezenove. Ele aceitou o convite e criou uma lâmpada especial", um presente para os bombeiros, afirmou Steve Bunn, que faz parte do comitê do centenário.

Bunn disse que, no começo pensou que a lâmpada centenária era um objeto comum, mas depois descobriu que ela custou muito mais do que as outras e sua fabricação, à mão, deu muito mais trabalho.

E a lâmpada famosa já demonstra isto na aparência de seus filamentos.

"A primeira coisa que fiz quando olhei para cima foi notar que o filamento escrevia a palavra 'no' (não, em inglês). Mas, então, olhei de outro jeito e vi que de fato ela dizia 'on', (ligada em inglês)", conta Steve Bunn.

Os 110 anos da lâmpada dos bombeiros de Livermore são comemorados em junho. fonte: BBC Brasil

quinta-feira, 16 de junho de 2011

Os segredos da longevidade em Cuba lll


As mulheres parecem ter maior facilidade para chegar aos cem anos, a julgar pelo fato de a maioria dos centenários serem de moças no encontro. Entre os homens estava presente Arcadio Radillo, de 102 anos, que resume sua trajetória dizendo que foi e é feliz.

Arcadio afirma ser o decano dos maçons em Cuba e exibe o anel que o identifica como tal. Relata que é fã de beisebol (já foi pitcher), de música - toca o "tres cubano" - e xadrez. Quando o assunto é mesa e religião, vai logo dizendo que come de tudo e é muito fiel aos ensinamentos da igreja.

Faz questão de saber o que está acontecendo a sua volta e no mundo: "me explica o que aconteceu com Zapatero? (José Luis Rodríguez, presidente do Governo espanhol)" perguntou Arcadio à Efe, referindo-se às eleições autônomas e locais celebradas recentemente na Espanha em que o partido governista saiu derrotado.

Para outras pessoas, viver muitos anos é simplesmente uma questão de "sorte". Isso é o que defende aos 101 anos, Marino Rodríguez. Com bom humor diz que uma vida tão longa deu a ele tempo suficiente para fazer tudo, inclusive adquirir maus hábitos de jovem como fumar cigarros e beber álcool, embora já tenha abandonado esses vícios. Ele é favorável a prática de esportes diariamente e recomenda aos jovens simplesmente fazer o bem.

Seis chaves para ser um idoso ativo.
O médico Eugenio Selman, presidente do Congresso sobre Longevidade Satisfatória, garante que há seis aspectos fundamentais para avançar na "longevidade ativa": motivação, alimentação saudável, correto atendimento de saúde, atividade física, cultural e um ambiente adequado.

Selman, que durante anos foi parte da equipe médica do círculo de Governo cubano e de Fidel Castro e preside a Associação Médica do Caribe (Ameca), assim como o "Clube dos 120 anos", tem 81 anos e está convencido de que pode superar o século de vida com as condições vitais adequadas.

A maioria dos centenários cubanos vive nas províncias de Havana, Santiago de Cuba, Holguín, Camagüey e Villa Clara, considerada a região mais envelhecida do país.

As autoridades cubanas consideram que a longevidade como indicador de qualidade de vida "é uma conquista social" e defendem que os idosos que ultrapassam os cem anos no país tenham "um atendimento especializado".

As mulheres superam em 20% os homens dentro do grupo de centenários em Cuba, onde a expectativa de vida ao nascer é de 78 anos (76 para os homens e 80,02 para as mulheres).

Em 2010 foi confirmada a tendência de envelhecimento do país, onde estimam que dentro de duas décadas 30% dos habitantes superarão os 60 anos.

Dados do Escritório Nacional de Estatísticas indicam que mais de 2 milhões dos 11,2 milhões de habitantes que vivem em Cuba estão na chamada terceira idade (acima dos 60 anos), e 75% deles superam os 65 anos, o que demonstra o envelhecimento da população.

Os segredos da longevidade em Cuba ll


Seu único problema de saúde é a hipertensão. Ela controla a doença tomando comprimidos diariamente. Nos últimos anos, teve duas pneumonias, conta sua neta Margarita, de 52 anos que também mora com a avó.

Juana não enxerga mais, perdeu a visão há cinco anos. Mesmo assim mantém o hábito de assistir à televisão, gosta de ligar o equipamento para ao menos ouvir as notícias e ficar bem informada: sua impressão atual é de que o mundo "está um pouco fora da ordem".

Nunca saiu de seu povoado natal, Campechuela. Tinha 13 anos quando Cuba conquistou a independência da Espanha em 1898 e mais de 70 quando a revolução liderada por Fidel Castro triunfou, um momento que lembra muito bem: "o anterior Governo (a ditadura de Fulgencio Batista) era muito ruim", declara.

Ela confessa que adoraria conhecer pessoalmente Fidel e Raul Castro - ex e atual presidente de Cuba, respectivamente - e também o governante venezuelano, Hugo Chávez.

Dicas dos que chegaram aos cem anos

O caso de Juana é o mais conhecido, mas em Cuba, país com 11,2 milhões de habitantes, vive mais de 1,5 mil centenários. Alguns deles mantêm vida independente e ativa: os truques para chegar lá foram revelados por um grupo de vovôs e vovós que ultrapassaram um século de idade no 11º Seminário Internacional realizado em maio em Havana.

"Meu segredo? A calma, a experiência, a cultura, a leitura... Nunca fumei. Também não bebi, bom em alguma festa, sim", confessa rindo Graciela Cañas Pérez-Puelles que com cem anos, cinco meses e 18 dias esbanjou simpatia e vitalidade nesse encontro de centenários ocorrido no fim de maio

Esta risonha vovó e professora de Pedagogia que aprendeu a tocar piano de ouvido, ainda joga xadrez e lê José Lezama Lima, além de outros autores russos e franceses. Ela recomenda a prática de esportes, principalmente andar de bicicleta e nadar.

Já Dulce María Tugros, de 104 anos, nunca fez esportes. Para ela, o segredo de viver muitos anos está no fato de "fazer bem a todos", contou à Efe esta idosa de mãos e unhas bem cuidadas e uma escritora amadora de poesias.

Aos cem anos, Berta Poey Tamayo vive sozinha e logo após levantar acende o "fogão à lenha, prepara seu café e liga a TV: ela adora ver as notícias e as telenovelas. Seu "truque" de longevidade, revela, é a "tranquilidade, cuidar-se, não ter aborrecimento e se dar bem com todos que a cercam".

"É importante ser amada. Além do que é preciso agradecer a Deus todos os dias", ensina Berta, uma mulher de voz límpida e forte, apaixonada por café, que come de tudo e de vez em quando confessa que não resiste a uma taça de vinho suave.

Zoila Esperanza Caballero de Varona tem 102 anos e recentemente superou duas isquemias cerebrais, o que não a impediu de comparecer à "festa dos centenários". Seu conselho é que "a vida deve ser vivida com calma", ter bom caráter, ser alegre. Sentir-se amada também contribui para viver mais e melhor.(Continua)
(Fonte: http://noticias.br.msn.com)

Os segredos da longevidade em Cuba


Por Soledad Álvarez
Da Efe

Juana Bautista de la Candelaria é cubana e nasceu em 2 de fevereiro de 1885: tem 126 anos e seus olhos que hoje não enxergam mais viram passar as páginas dos calendários de três séculos diferentes. É a pessoa mais antiga da ilha caribenha e, sem sombra de dúvida, uma das mais idosas de todo o mundo.

A maior das Antilhas orgulha-se de contar com o maior percentual de pessoas centenárias na comparação com a população, uma conta que a coloca à frente do Japão, o país que registra, em termos absolutos, o número mais elevado de pessoas que superam um século de vida.

Cuba, cujo envelhecimento populacional é similar ao de países do primeiro mundo, conta atualmente com 1.551 pessoas com mais de cem anos de idade. O país tem, inclusive, um clube, "O Clube dos 120", onde é defendida uma longevidade satisfatória e ativa com a convicção de que se pode chegar aos 120 anos se forem adotados ao longo da vida os hábitos e as atitudes adequadas.

"Candulia", a mais velha

A longevidade que defende o clube pode ser comprovada na vida de Juana Bautista de la Candelária, "Candulia", como carinhosamente é chamada pelos familiares e amigos em sua cidade natal, Campechuela, um povoado rural da província de Granma, a 800 quilômetros de Havana.

Sentada em uma cadeira de balanço em sua humilde moradia, a idosa mostrou sua carteira de identidade com a data de nascimento de 2 de fevereiro de 1885, a mesma que aparece no volume 1, página 35 do livro de registro civil da localidade.

No departamento de Justiça de Campechuela, a Efe conseguiu verificar o livro e a página em que com uma cuidadosa caligrafia escrita com bico de pena bem ao estilo da época a mãe de Juana, Cecília, registra o nascimento da filha 24 dias depois na frente do juiz municipal José C. Carbonell e do secretário Juan Elías Pérez.

"É o que Deus quis me dar", resume assim o "segredo" de sua longevidade a idosa franzina e de pele escura, tão frágil que parece de papel, que está cega e não consegue caminhar sozinha, mas é lúcida e dona de um invejável senso de humor.

Aos 126 anos, "Candulia" já perdeu o marido e dois de seus três filhos. Apenas Eleduvildo, de 78, ainda é vivo, mora com ela. "Só não quero morrer para não deixá-lo sozinho", confessa Juana, diante do sorriso do já também idoso filho.

Foi a primeira de 13 irmãos dos quais cinco ainda vivem. Ela tem seis netos, 15 bisnetos e sete tataranetos. A sua família sempre trabalhou com agricultura.

Juana confessa que sente saudade do tempo em que era jovem e podia caminhar, embora todos os dias faça passeios curtos com a ajuda de suas netas, bisnetas e até mesmo da tataraneta mais velha, Yelennis, de sete anos.

Conforme o relato de seus familiares, a longevidade de Juana não tem segredos especiais: ela trabalhou toda a vida como dona de casa cuidando da família, dorme bem e sempre gostou de se alimentar, principalmente de mandioca, batata-doce... e carne "quando há".

Jamais experimentou rum ou tabaco. Juana orgulha-se de não ter vícios, mas admite que não passa um dia sem café, bebida que ainda sorve a goles pequenos. ( Fonte: http://noticias.br.msn.com)
(Continua parte ll)